O tempo do advento
A palavra “advento” quer dizer ”que esta para vir”. O tempo do advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.
O Advento recorda a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do mistério cristão e nos insere no caráter missionário da vinda de Cristo. Ao serem aprofundados os textos litúrgicos desse tempo, constata-se na história da humanidade o mistério da vinda do Senhor. Jesus que de fato se encarna e se torna presença salvífica na história, confirmando a promessa e a aliança feita ao povo de Israel. O Avento recorda também o Deus da revelação, aquele que é, que era e que vem ( Ap 1, 4-8), que esta sempre realizando a salvação, mas cuja consumação se cumprirá no dia do Senhor, no final dos tempos.
O caráter missionário do advento se manifesta na igreja pelo anuncio do Reino e a sua acolhida pelo coração do homem até a manifestação gloriosa de Cristo. As figuras de João Batista e Maria são exemplos concretos da missionariedade de cada cristão, quer preparando o caminho do Senhor quer levando o Cristo ao irmão para santificar. A celebração do Advento é, portanto, um meio precioso e indispensável para nos ensinar sobre o mistério da salvação e assim termos a Jesus como referência e fundamento, dispondo-nos a “perder” a vida em favor do anúncio e instalação do Reino.
A liturgia do Avento nos impulsiona a reviver alguns valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a conversão. Deus é fiel as suas promessas: o salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza. Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e atual.
O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é nossa esperança; esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida, diante das perseguições, etc.
No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da pobreza. Não a pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus (e não nos bens terrenos), que tem Nele a única riqueza, a única esperança e que conduz à verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino. Comunidade Católica- Shalom.
Pastoral Escolar Vicentina